Setor agrícola se adapta em meio a crise hídrica

Muitas regiões do Brasil passam por períodos de seca, o que afeta o abastecimento de água nas casas dos moradores, nos comércios e nas indústrias, como a agrícola.

Os moradores do campo, que precisam de água para poder atender ao mercado consumidor, com as plantações de hortaliças e vegetais, precisam encontrar diferentes modelos de irrigação, para não prejudicar as lavouras.

A água precisa ser usada com inteligência no segmento agrícola

Até mesmo os empresários do setor pecuário, que precisam alimentar os animais e manter todos hidratados, foram em busca de diferentes métodos de fornecimento de água, para que pudessem atender tanto ao mercado interno, quanto ao mercado externo, já que muito gado de corte é exportado para países vizinhos, e, até mesmo, de outros continentes.

Desta forma, muitos empresários do setor agroindustrial procuraram soluções que pudessem atender, da melhor forma possível, o abastecimento de água, sem prejudicar a oferta de alimentos do campo para a cidade, e, ao mesmo tempo, tratar com cautela a água disponível, principalmente em tempos de recessão de chuva.

A primeira solução foi buscar uma forma de canalizar e reter a água de chuva, com a instalação de cisternas em pontos estratégicos, para que pudesse atender ao maior número possível de pessoas, animais, hortas e pomares.

Sendo assim, os empresários do ramo agrícola contrataram profissionais para que pudessem realizar a Análise de água potável, para testar e verificar a utilidade dela.

Este trabalho tem como objetivo verificar a existência de bactérias que possam causar algum tipo de doença, tanto em seres humanos, quanto em animais, e indicar o uso estações de tratamento e filtros que possam realizar a limpeza da água.

Como ela está presente em todos os momentos, de higiene pessoal à lavagem de alimentos, e o próprio consumo em si, diariamente, este tipo de trabalho é realizado constantemente, para manter a qualidade da água, e dos produtos que são regados, com águas captadas da chuva, e também de lençóis freáticos, rios e lagos.

Outra solução buscada pelos empresários do setor agrícola foi o melhor sistema de irrigação, que atendesse, de maneira satisfatória, à cobertura de todo o campo em que há algum tipo de produto alimentício, que demandasse o uso de água.

O manejamento da rega, para que não houvesse desperdício da água, alcançando todas as plantações, precisou de estudos variados, como as características de verdura ou hortaliça que precisa ser regada, o tipo de solo, inclinação do terreno, como plano ou acentuado e, claro, a área a receber a irrigação.

Entre os sistemas, dois deles se destacam, tanto no aproveitamento da água sobre as plantações, quanto na economia gerada.

Com uma vazão de água baixa, e evaporação reduzida, a irrigação por gotejamento é utilizada em plantações que estão voltadas para a produção de legumes, verduras e frutas, com o solo sendo tratado com adubos orgânicos.

A frequência de rega pode depender das sementes utilizadas, e da estação do ano, em que os produtos estão sendo cultivados.

Com uma baixa manutenção, e podendo cobrir grandes áreas de plantação de frutas, hortaliças e legumes, o sistema de irrigação por aspersor, com rotação de trezentos e sessenta graus, pode ser adaptado em mangueiras, sem a necessidade de filtros.

Estes dois modelos se destacam por detalhes que devem ser observados pelos cultivadores:

  • Facilidade de instalação;
  • Economia no uso da água;
  • Mantém nutrientes do solo;
  • Podem ser programadas.

Qualidade do ar também ajuda

Muitas regiões são conhecidas como cinturão verde, por possuir características próprias de cultura agrícola, e ser grande fornecedor de frutas e hortaliças para o mercado consumidor, concentrados nas grandes centros urbanos.

Com o crescimento dos municípios, estes cinturões começaram a sofrer interferência da poluição produzida por fábricas e indústrias, que se instalaram em lugares afastados das cidades, mas começaram a ficar perto das áreas agrícolas.

Para não ter a lavoura prejudicada, os produtores agrícolas começaram a contratar profissionais para realizar a análise da qualidade do ar, e em caso positivo de poluição, solicitar a instalação de filtros nas fábricas mais próximas à região do cinturão verde, que precisaram se adaptar às leis ambientais vigentes no país.

Isto também refletiu na instalação de estações de tratamento de água e esgoto nas indústrias, para que a poluição de rios e lagos não alterassem a qualidade da água da chuva que, atualmente, serve como fonte de captação, para poços artesianos e cisternas.