Planejamento estratégico da manutenção: conheça três práticas que geram mais produtividade na indústria

A manutenção está ligada à rentabilidade de um processo industrial, pois exerce influência direta na disponibilidade de equipamentos e máquinas, capacidade de produção e custo operacional desses ativos.

A gestão estratégica na Manutenção

Para assegurar e eficiência da produção, a gestão estratégica, que prega, essencialmente, a análise de todas as variáveis internas e externas que influenciam os negócios da instituição foi então aplicado pelos diversos setores da manutenção industrial.

Sendo assim, o planejamento e controle da manutenção (PCM), deve ser estratégico e assegurar o pleno funcionamento de todas as máquinas e equipamentos.

Conduzir a manutenção de forma inteligente inclui, inicialmente, fazer a integração da manutenção estratégica com as metas de produção.

Selecionamos para você três práticas que são responsáveis pelo aumento da produtividade em indústrias de diferentes tamanhos e segmentos.

1 – Contratação de consultoria especializada

A contratação de uma consultoria especializada possibilita uma visão ampla e profissional sobre os processos e possibilita a identificação de oportunidade de melhoria.

Os serviços prestados incluem a avaliação e monitoramento de ativos, análise do desempenho dos equipamentos e estabelecimento de ordem de prioridade, onde os ativos considerados críticos são priorizados no controle e reparos necessários.

Munidos dessas informações, os gerentes da área podem tomar decisões relativas às metas de produtividade e a segurança do trabalho da equipe.

Dentre os inúmeros benefícios do suporte de especialistas, estão:

  •       Diminuição do tempo médio entre falhas dos equipamentos
  •       Melhoria da eficiência global dos equipamentos
  •       Redução no tempo de reparo dos equipamentos
  •       Aumento da segurança nas atividades na planta

2 – Estabelecimento de indicadores de desempenho

A citação famosa do administrador americano William Deming se encaixa perfeitamente nesse contexto: “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende e não há sucesso no que não se gerencia.”

Essa afirmação evidencia a necessidade de se medir e entender o processo para um bom gerenciamento. Para isso, é fundamental definir indicadores de desempenho para controlar e avaliar a qualidade da gestão.

Os indicadores devem contemplar, por exemplo, a avaliação do nível de disponibilidade dos equipamentos, efetividade das inspeções técnicas e os custos de manutenção por setor.

Confira este artigo: Cinco formas de reduzir custos de manutenção nas indústrias

3 – Aplicação de tecnologia

De acordo com pesquisa desenvolvida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre 2016 e 2018, o percentual de empresas de grande porte (mais de 250 empregados) que utilizavam tecnologias para aumentar a eficiência do processo de produção e melhorar a gestão dos negócios passou de 63% para 73%.

Ainda de acordo com o mesmo estudo, 48% das instituições entrevistadas pretendiam incorporar tecnologias digitais para aumentar a eficiência e gestão do processo de produção.  

O resultado da pesquisa nos dá uma noção da importância da tecnologia para aumentar a competitividade das indústrias.

Há no mercado softwares especializados na gestão da manutenção, também conhecidos como CMMS (Computerized Maintenance Management System), que auxiliam empresas de diferentes tamanhos nesses controles.

Os softwares podem possibilitar desde o controle do planejamento dos serviços de manutenção até o gerenciamento do estoque dos materiais necessários para a execução da atividade.

Muitos podem ser integrados aos sistemas ERP da empresa e customizados de acordo com especificidades do negócio.

Em um mercado cada vez mais competitivo, onde os lucros devem ser maximizados e os custos reduzidos a seu mínimo, a gestão estratégica da manutenção ocupa um espaço de grande importância na administração da produção industrial.