Confira os detalhes sobre cabos flexíveis na indústria

Desde a invenção da pilha elétrica, por Alessandro Volta, as pesquisas de aplicações em eletrodinâmica se multiplicaram. As telecomunicações nasceram com a invenção do telégrafo, com início de operações em 1844, portanto várias décadas antes do início do funcionamento da distribuição pública de energia elétrica.

O fato é que telégrafos se tornaram sinônimos de cablagem de longa distância. Os cabos elétricos entraram para a história, e para ficar.

Diferenciando cabos

Os seguintes parâmetros definem a aplicabilidade de um cabo:

  • Condutor;

  • Consistência;

  • Revestimento;

  • Corrente máxima;

  • Número de vias;

  • Blindagem;

  • Dreno;

  • Alma;

  • Isolação (máxima tensão eletrica);

  • Finalidade.

Assim, o tipo de condutor é a sua composição: Cobre, Alumínio, Prata.

A consistência pode ser rígida, semi-rígida, flexível, extraflexível.

O revestimento pode ser estanhado, envernizado ou nenhum (cabo nu).

A espessura do condutor possibilita definir a corrente máxima, com base em normas de dimensionamento aplicável.

A blindagem deve ser definida conforme a aplicação, em tráfego de dados, telefonia, áudio, etc., bem como a necessidade de dreno e de alma.

A isolação deve ser definida pela tensão de trabalho: assim, Cabos de média tensão, por exemplo, funcionam isolando tensões entre 1kV e 50kV.

Gestão de cabos em instalações e obras

Apesar das modificações em telecomunicações, telefonia e TI, os cabos continuam sendo uma necessidade, principalmente em distribuição de energia elétrica.

Os cabos são vendidos em lances, com comprimentos padronizados, que possibilitam alcances que minimizem as necessidades de emendas e de cortes para terminação.

Como resultado, é essencial dispor de carretel adequado para dosar os referidos lances no local de instalação, evitando – inclusive – torcer o cabo, gerar nós, entre outros problemas, que podem fragilizar o cabo.

Para essas ocasiões, existe o Enrolador de cabos elétricos, que possibilita o manejo sem surpresas. Esse tipo de equipamento pode ser adquirido com carrinho de duas rodas e estrutura de sustentação do carretel, que por sua vez pode ser especificado em plástico, Alumínio, aço-Carbono ou aço inóx.

O acionamento pode ser manual, via manivela ou motorizado. O enrolador pode acomodar cabos de aterramento ou para-raios, igualmente cabos de aço de uso geral e mangueiras.

Cabos para aplicações especiais

Em aplicações industriais, comerciais e domésticas, é cada vez mais comum o Cabo injetado, personalizado para o equipamento.

Um dos casos mais flagrantes é o dos carregadores de telefones celulares e tablets: a maioria utiliza o padrão micro-USB.

O cabo USB geralmente vem pronto de fábrica: ninguém utiliza cabo USB composto a partir de cabo flexivel padrão e conectores avulsos.

De fato, quando cabos USB se ropem, seja por acidente mecânico, seja porque um dos conectores se deformou, é muito incomum alguém tentar recuperá-lo, geralmente a opção é pela compra de um novo.

Ocorre algo semelhante com cabos de alimentação de eletrodomésticos: geralmente o cabo vem incorporado ao equipamento e na extremidade que deve ser conectada à rede, vem um plugue normalizado, com dois pinos de energização e (salvo exceções) um pino de aterramento.

Nesse caso o plugue é fornecido solidário ao cabo e Isso pode ocorrer até com extensão eletrica.

Atualmente, tornou-se mais raro o fornecimento de equipamentos com cabo de energia removível. Geralmente, cabos removíveis têm as duas extremidades injetadas solidariamente ao cabo de energia. A extremidade que é conectada no equipamento é necessariamente fêmea.

A prática de se usar cabos injetados era bastante comum já na década de 1970, quando entraram em moda os Equipamentos de áudio modulares: Receptor AM/FM, pré-amplificador, amplificador de potência, equalizador gráfico, toca-discos e gravador de fita magnética.

A interligação entre todos esses dispositivos era via conectores padrão RCA coaxiais, todos injetados. A moda persistiu até meados da década de 1980, quando começou a febre dos gravadores de vídeo, mas, ao invés de decair, o padrão RCA se expandiu também para os sinais de vídeo composto e também para os de vídeo demodulado.

Outro item bastante conhecido da população é o fone de ouvido, cujo conector padrão P2 de quatro segmentos vem resistindo bravamente contra as tentativas de obsolescê-lo.

O fato é que os plugues P2 incorporados aos fones de ouvidos são fornecidos injetados, integrados aos cabos.

Mesmo na era dos celulares e do WiFi, o reinado dos cabos elétricos ainda está longe de acabar. No Brasil, o serviço de telégrafo ainda é oferecido, embora, provavelmente, qualquer semelhança de hardware com o telégrafo de Morse seja mera coincidência.