Equipamentos de corte e moldagem de aço da indústria

Um dos modos de se produzir componentes de metal é o corte de chapas metálicas, estas últimas fabricadas por processos como laminação.

Já o Oxicorte é um processo termoquímico, e recebe este nome devido à obtenção da chama via reação de gases combustíveis com Oxigênio de alta pureza. Diversos gases podem ser usados no processo:

  • Propano;
  • GLP (Gás liquefeito de petróleo);
  • Hidrogênio;
  • Acetileno;
  • Propileno;
  • Misturas em diversas proporções.

Evidentemente, a ignição de cada um dos gases se estabiliza em temperatura diferente devido aos diferentes conteúdos calóricos das respectivas moléculas.

O oxicorte é considerado uma solução de custo acessível e de fácil aprendizado. Suas restrições se situam na mobilidade complexa, limitada pelos cilindros de Oxigênio e de gás combustível, e no constante cuidado com as mangueiras, que por sua vez têm alcances restritos.

Recorte térmico

O corte (via Oxicorte) é obtido por facho de chama estreita: gerando uma temperatura da ordem de 900°C, insuficiente para derreter a chapa, e sim, uma oxidação do metal atingido, promove um corte com margem de erro linear estimada em ±1mm.

O metal diretamente exposto à chama se converte em óxido de Ferro, que no processo térmico fica líquido e acaba escorrendo da chapa cortada, propelido pelo sopro da mistura de gases em combustão.

Oxicorte maçarico possibilita cortar chapas de aço-Carbono e aço inoxidável, além de Alumínio, Cobre, latão, entre outros, com espessuras que podem variar entre 0,5 e 250,0mm.

Uma vantagem do corte por maçarico é a possibilidade da automatização do processo. Deste modo, podem ser sincronizados vários maçaricos, gerando maior produtividade.

Recorte mecânico

É possível afirmar que o corte de metais via chama é pouco sujeito a desgaste. Um modo para executar cortes e acabamentos em componentes é pelo uso de rebolos.

Este é um tipo de ferramenta usado há milênios para amolar ferramentas de corte, embora apenas recentemente (início do século XIX) tenham sido desenvolvidos os rebolos compostos de pó de diamante (Rebolo diamantado), agregado com laca.

Cem anos depois, foram adotados outros materiais abrasivos, como o óxido de Alumínio, vindo a ser agregado com resinas sintéticas. Outros materiais adotados como abrasivos são o óxido de Vanádio e o carbureto de Boro.

São atualmente duas as alternativas para a composição de rebolos, uma das quais agregada via resina; a outra alternativa é obtida comprimindo a mistura de minerais sob alta temperatura, processo este também denominado de sinterização.

Diamante

O diamante nada mais é que a forma cristalina do Carbono, tendo se formado sob pressões superiores a 6GPa, e temperaturas superiores a 1000°C.

É a substância mais dura dentre as conhecidas, e só outro diamante consegue riscá-lo. De fato, são ferramentas a base de diamante pulverizado que possibilitam definir as faces do prisma da pedra beneficiada, para depois poli-las.

Os retalhos que resultam da fabricação do prisma tornam-se matéria prima para a fabricação de ferramentas de desbaste e de corte. Relativamente raro na Natureza, o diamante já foi sintetizado em laboratório em meados do século XX.

Rebolo diamantado esmeril é uma ferramenta circular, de fato, cilíndrica, o que a torna adequada à montagem em esmeril motorizado. Diamantado, é composto de partículas de diamantes, o que o torna mais eficaz que outros tipos de rebolo, em amolação de ferramentas e acabamento de componentes.

Outras ferramentas de desgaste

Como citado anteriormente, ferramentas de desgaste sofrem também desgaste durante os processos de acabamento ou ajuste, de modo que a vida útil é limitada.

O importante é que esse desgaste é previsível, permitindo operar por prazo predeterminado, e programar o sistema (leia-se CNC ou CAM)(*) a enviar mensagem ao operador solicitando nova ferramenta. Toda a evolução da ferramenta pode ser prevista via CAD(**), e programada no equipamento para substituição ao fim de um número de horas predeterminado.

(*)CAM: acrônimo inglês que significa Fabricação Assistida via Computador

CNC: acrônimo de Controle Numérico Computadorizado.

(**)CAD: acrônimo inglês que significa Projeto Assistido via Computador.

O procedimento descrito no último parágrafo aplica-se também à Lima rotativa. Construída em carbureto de Tungstênio, constitui uma liga de alta resistência mecânica, tolerando os esforços essenciais para recorte de cavacos de metal em movimento circular.

É indicada para rebarbar componentes para setores como o ferroviário, o aeroespacial, o naval, o de hidrelétricas, transformadores e motores e o automotivo em geral. É onde uma Lima rotativa para aço pode proporcionar rebarbagem adequada para os produtos finais.